domingo, 9 de julho de 2017

Você cria seus filhos para o mundo? Rafael Rueda Muhlmann

Meu nome é Rafael Rueda Muhlmann e este blog é a tentativa de compartilhar um pouco das experiências vivenciadas por um pai de quarenta e um anos com três meninos.

Nesta última sexta-feira (07/07/2017), meu filho mais velho, o Gabriel de 16 anos, partiu rumo a uma nova jornada, um intercâmbio de um ano em Los Angeles nos Estados Unidos. 

Rafael Rueda Muhlmann na despedida do filho Gabriel
Rafael Rueda Muhlmann e alguns amigos na despedida do filho Gabriel

A despedida no aeroporto foi carregada de emoções, com um misto de alegria pelo crescimento dele e tristeza pela saudades que fica no despedida.

Amigos e família na despedida do Gabriel
Partindo para o intercâmbio: Amigos e família na despedida do Gabriel

Sei que sou suspeito para falar, afinal sou o pai dele, mas sem dúvida aqueles que o conhecem devem concordar que o Gabriel é um ser humano maravilhoso, um filho que sempre me enche de orgulho por seu caráter, bondade, senso de justiça, e inúmeras outras qualidades que possui. Sem dúvida me tornei uma pessoa muito melhor com o seu convívio e me alegro em poder fazer parte da sua história e da sua vida! Fico aqui torcendo para que Deus o abençoe e o proteja sempre em sua caminhada. Que o Gabriel possa ser sempre muito feliz e continue irradiando alegria para todos que tem a satisfação de poder conviver com ele. 

Rafael Rueda Muhlmann e o filho Gabriel Meyer Muhlmann
Rafael Rueda Muhlmann e o filho Gabriel Meyer Muhlmann

Isso novamente me fez refletir:

Você cria seus filhos para o mundo? 

Não é raro escutarmos mães e pais afirmarem que criam seus filhos para o mundo. Eles defendem técnicas assertivas, corretas e causadoras da felicidade futura do filho. Fiquei pensando seriamente no que essa afirmação, isso de criar os filhos para o mundo, e o que isso deveria significar.

Como seria criar o seu filho para o mundo? E como fazer isso corretamente? Será que existe uma fórmula? Fiz essas perguntas para alguns amigos, amigas, pais, mães, homens, mulheres que respeito por seus posicionamentos na vida. Algumas das respostas que escutei foram fundamentais para que eu entendesse melhor essa questão.

“Eu crio meus filhos para que sejam boas pessoas e capazes de viver bem com outras pessoas, dizer que os crio para o mundo seria estranho, pois sempre serão minha responsabilidade e não do “mundo”. A criação de nossos filhos interfere na vida de outras pessoas assim que se tornam seres sociais, a partir desse momento, tudo que passamos à eles passa a ser compartilhado com o mundo.” 

A verdade é que não há uma fórmula pronta. A criação de uma criança depende – e muito – dos valores da família onde ela está inserida. O que é bom para uma família pode não ser bom para outra. Então, o que eu quero nesta reflexão, é passar a importância de ter mais tolerância com a diferença e com quem pensa diferente de você. Se há gente que nem respeita os outros, acha que os outros têm de pensar como eles pensam, imagina como tratam os próprios filhos?

É muito importante ter padrões de conduta éticos e morais. Tratar bem as pessoas e ser bom para a humanidade,  é básico na educação de um ser humano. Mas basear sua verdade como verdade fundamental para todos é desumano, é intolerância com o diferente. É pré-conceito. E nesta época em que vivemos, precisamos desenvolver mais o respeito pelo próximo e pelo seu pensamento. Vejam bem, isso nem de longe significa que devemos todos pensar as mesmas coisas; é lógico que você tem opinião própria, tem seu jeito de pensar, sua educação e seus valores.

Assunto difícil porque falei aqui de duas coisas: uma, é que o filho não é sua propriedade. Outra, que a gente tem a mania de desrespeitar e não escutar as diferenças. Dois assuntos diferentes, mas que andam juntos na educação dos filhos. Como fazer? Como criar meu filho? Como eu faço pra passar o que eu penso e ainda respeitar o filho como diferente de mim e sem que ele tenha de satisfazer os MEUS sonhos e as MINHAS expectativas?

“Ao mesmo tempo em que me preocupo em fornecer instrumentos que permitam que meus filhos (Gabriel, João e Leopoldo) sejam autônomos e seguros, enfrento minhas batalhas na construção de um mundo mais acolhedor e inclusivo. Tenho uma percepção particular de quanto o “mundo” pode ser castrador e hostil no que diz respeito à empatia. O que devemos fazer a nossa parte, sempre ajudando, educando e transmitindo conhecimento para sedimentar a base de forma que as crianças consigam enfrentar as situações cotidianas com menos frustração. O esforço que a família deve desempenhar é para que os filhos sejam acolhidos pela sociedade em qualquer situação. Devemos não fazer de problemas particulares uma questão enorme e pesada sobre eles, porque eles conhecem apenas uma parte daquilo que ainda viverão. Com isso, eu acredito fornecer alguns dos instrumentos para despertar neles a atenção às necessidades alheias e acolhimento das diferenças dos outros. Ao mesmo tempo, acredito que fornecemos base para que eles consigam entender que a vida é feita de escolhas e que elas dependem unicamente de nós”.

Você já escuta o outro pensando em como corrigi-lo e convencê-lo a mudar o quanto antes de ideia? Ou, você é tolerante com o pensamento do outro? E escuta o outro como “um outro”?  As pessoas que acham suas verdades universais, tendem a respeitar menos o pensamento dos filho, sabiam? Como se o pensamento dos filhos ainda não valesse; inclusive algumas pessoas acreditam que nem o corpo dos filhos é realmente dos filhos, pois não respeitam as escolhas de roupas, cortes de cabelo, etc.

Os filhos podem e devem ser orientados, mas também devem ser ouvidos! Cada criança é única, tem tempos diferentes; umas são mais rápidas que outras, outras são mais tímidas que outras.

Realmente não é uma tarefa fácil, mas devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los preparados, autônomos e libertos. Acredito muito naquele pensamento popular que diz que os nossos filhos são seres que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. 

Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Sim, afinal não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim de cada dia de trabalho e fico pensando: puxa, como crescem rápido! Que bom seria ter mais tempo para os filhos e como seria bom se não fossem apenas um empréstimo! Sim, a verdade é que eles são do mundo. Mas o problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, pais, mães, avôs, avós, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós!!!

A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.

AMO VOCÊ MEU QUERIDO FILHO GABRIEL e desejo que esse ano seja especialmente repleto de boas experiências e muito aprendizado. Que Deus te abençoe e que sua vida seja repleta de muita paz, saúde, amos, prosperidade, sabedoria e proteção.

Rafael Rueda Muhlmann, pai de três maravilhosos filhos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Aniversário de 41 anos com os filhos - Rafael Rueda Muhlmann

No último sábado, dia 18 de fevereiro, completei 41 anos de idade na companhia dos filhos:

EXISTE MELHOR PRESENTE DO QUE ESSE?

Passamos o sábado em Morretes, descemos o rio Nhundiaquara de boia, o famoso boia cross!rs


Tudo muito simples, mas muito divertido!






Enfim, nos divertimos!


Frases que devem ser ditas a seus filhos - Rafael Rueda Muhlmann

As palavras têm um valor enorme na mente humana. Todos os pensamentos e sentimentos tomam forma através das palavras… por isso, algumas frases são essenciais. Simultaneamente, são as palavras que dão origem a tudo o que acontece em nosso mundo emocional.

Com os filhos, este poder é ainda maior, já que é você quem está a frente de seu bem estar e, por meio de mensagens carinhosas, você pode ensiná-los a gostarem mais de si e a se sentirem melhor consigo mesmos.

Frases que devem ser ditas a seus filhos - Rafael Rueda Muhlmann
Rafael Rueda Muhlmann, João Meyer Muhlmann e Leopoldo Meyer Muhlmann

Igualmente, motivá-los com suas palavras permite que eles aumentem sua autoestima e sua confiança, já que o apoio dos pais é fundamental para seu desenvolvimento e crescimento. É necessário que você expresse seus sentimentos a todo o momento, não só para parabenizá-los, mas também para corrigi-los, sempre de modo respeitoso e amigável.

Ao falar com eles de forma carinhosa e amorosa, você não só estreitará os laços familiares, como também elevará a qualidade da relação pais-filhos, já que você estará assumindo o papel de orientador e de guia. Assim, você os educará com exemplo.

Gabriel Meyer Muhlmann e Rafael Rueda Muhlmann
Rafael Rueda Muhlmann e Gabriel Meyer Muhlmann

O que você pode dizer a seus filhos?

"Eu te amo, gosto muito de você e você me faz muito feliz."

Dizer diretamente a seu filho que você o ama é o melhor alimento emocional que alguém pode receber. Não basta apenas que você realmente o ame, é importante dizer e é importante que isso se torne parte da sua linguagem cotidiana. Isso os deixará mais confiantes e estreitará os laços de comunicação com eles.

Também é muito importante que você fale sobre o quão feliz eles lhe fazem. Isso lhes dá uma sensação de sentido para a vida, e os leva a se sentirem protegidos e apreciados.

Por mais que existam dificuldades, por mais que você tenha pouco tempo, sempre é importante buscar um momento para que você possa expressar afeto. Com certeza, você também vai se beneficiar muito disso.

Eu acredito em você, confio em você e você é capaz!
Você pode depositar uma grande confiança em seu filho se disser que ele é capaz de cumprir o que foi proposto. Assim, você estará contribuindo em seu desenvolvimento como ser humano. Não animá-lo dessa forma implica abrir uma lacuna na qual podem se alojar medos infundados, que repercutirão para os resto de suas vidas de forma negativa.

É preciso apoiá-los como pais e como família em seus feitos, e incentivar sua confiança no momento de agir, já que isso permitirá que, ao precisarem tomar decisões, o façam com segurança e confiança. De uma maneira ou de outra, sempre escolherão uma boa alternativa se acreditarem em suas decisões.

Por outro lado, você deve levar em conta que, para as crianças, a motivação é muito importante… principalmente em momentos em que eles possam vir a fraquejar em seus projetos ou se sintam frustrados por encontrarem alguma dificuldade em seu caminho. É aí que você entra como pai em seu resgate, pois seu apoio pode fazer com que eles  retomem o curso das coisas e tentem novamente seus projetos.

"Dizer a eles que são muito especiais e parabenizá-los quando fizerem algo certo."

Essas atitudes devem ser frequentes com as crianças. Indicar-lhes que fizeram algo certo contribui para que eles aprendam a se reconhecer e aumentem sua autoconfiança sempre que realizarem esta mesma atividade novamente.

Ao parabenizá-los por terem tomado boas decisões ou por terem respondido a algum acontecimento de forma favorável, estamos incentivando diferentes capacidades que fazem deles únicos e independentes.

Quando você reforça a seus filhos o quão especiais eles são, eles agradecerão para sempre e continuarão agindo corretamente em diferentes circunstâncias da vida, tornando-se adultos perseverantes e entusiasmados que acreditam em seus objetivos.

Rafael Rueda Muhlmann

sábado, 7 de janeiro de 2017

Meu parceiro Gabriel - Rafael Rueda Muhlmann

Sem dúvida, o Gabriel, meu filho mais velho, tem sido um grande parceiro! Aprendo muito com ele, com sua inteligência, sagacidade, maturidade, generosidade e também com nossas diferenças! Um cara de personalidade, desejos e aspirações. A oportunidade de estarmos juntos é sem dúvida um presente que recebi de Deus desde o seu nascimento.

Gabriel e Rafael Rueda Muhlmann
Gabriel e Rafael Rueda Muhlmann

Ele já me passou em altura!rs Espero que passe também em inteligência, bondade, sabedoria, ...

Obrigado por ser essa pessoa incrível meu filho Gabriel.

Rafael Rueda Muhlmann.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Filho mais velho - Rafael Rueda Muhlmann

Novamente, eu, Rafael Rueda Muhlmann, pai de três meninos maravilhosos, volto a postar sobre os filhos. Desta vez para tratar sobre o filho mais velho.

Rafael Rueda Muhlmann fala sobre Filho mais velho
Rafael Rueda Muhlmann com o filho mais velho (Gabriel)


Vamos refletir sobre a importância de entender a condição de seu filho como o mais velho.

Costumo dizer que o filho mais velho tem duas vantagens que os outros jamais terão:

1. A de ser filho único até que nasça o próximo.

2. E a de ser promovido para irmão mais velho. E será assim independente do número de filhos que tenha a família.

O “título” máximo que os irmãos conseguirão será de segundo, terceiro filho e assim por diante, irmão ou filho do meio, irmão ou filho mais novo etc. Mas filho ou irmão mais velho é privilégio de um só, o primogênito.

Nas famílias com mais de um filho o primeiro fará dois papéis em sua jornada. E claro, isso também trará responsabilidades que devemos ajudá-los a cumprir.

Neste momento, eu, Rafael Rueda Muhlmann, estou com 40 anos e meu filho mais velho, Gabriel, com 15. Incrível o tamanho do amor que temos por nossos filhos e o quanto nos realizamos vendo a realização deles. Fico muito feliz com a maturidade do Gabriel para a idade que tem e pela forma como ele vê a vida. Tenho orgulho da pessoa de bem e do homem que ele está se tornando.

Filho e Pai
Filho e pai: Gabriel e Rafael


Em que afeta ser o filho mais velho?

É relevante dizer que por esta peculiaridade de primeiro filho, algumas situações irão ocorrer, podendo ser positivas ou não, e os pais devem estar atentos para lidar com sabedoria.

Os pais com mais de um filho devem ter consciência de que precisam criar “procedimentos”, ou seja, hábitos e culturas familiares que contemplem e beneficie as necessidades de cada filho.

Ser o filho ou irmão mais velho pode ser muito prazeroso ou um grande fardo, tudo dependerá das atitudes dos pais. Como por exemplo: evitar sobrecarregar de responsabilidades o mais velho colocando sobre seus ombros o compromisso de educar, cuidar dos irmãos menores ou dos afazeres da casa.

O ideal é fazê-lo sentir-se corresponsável pelos irmãos mais jovens e pelos cuidados que sejam necessários. Fazê-lo atuar com a importância e privilégio de ser o mais velho, assim o comprometimento será natural, com amor e paciência.

O irmão mais velho é modelo do mais novo.

Filho mais velho sempre terá uma posição diferente dos outros, certa responsabilidade de cuidar e ajudar os mais novos e os pais, mas o cuidado que se deve ter é para que não seja prejudicial ao seu desenvolvimento. É natural que os irmãos mais novos sempre estejam se espelhando e atrás do mais velho.

O que deve ser feito pelos pais é ajudá-lo a entender que isso é positivo e perfeitamente natural, de modo que ele possa entender que sua condição de filho ou de irmão mais velho é uma honra para poucos.

Por Rafael Rueda Muhlmann.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Um pai deve estar sempre pronto para ajudar os seus filhos


Eu sou Rafael Rueda Muhlmann e posso dizer que ao contrário do que muitas vezes pensamos, ajudar seus filhos não é necessariamente fazer todas as suas vontades.

Rafael Rueda Muhlmann pronto para ajudar os seus filhos
Rafael Rueda Muhlmann com os filhos Leopoldo e João - 2016

Os pais têm uma tarefa muito importante: a tarefa de ajudar seus filhos. É algo que provavelmente não pensamos na hora de encomendá-los. Não temos ideia da grande quantidade de trabalho que vem pela frente.

Filhos de Rafael Rueda Muhlmann
Meus filhos: Leopoldo, Gabriel e João - 2016

Não é só cuidá-los, alimentá-los, satisfazê-los… Como pais, temos que estar sempre prontos para apoiá-los, fazer deles pessoas que saibam lidar com um mundo tão duro como o que vivemos agora. Um mundo que lhes apresentará dificuldades, um mundo competitivo, que derruba enquanto eles lutam para se reerguer.


Rafael Rueda Muhlmann com o filho mais velho
Rafael Rueda Muhlmann e Gabriel Meyer Muhlmann - 2016

No entanto, mesmo que seja difícil reconhecer, na hora de educar os filhos fazemos uma infinidade de coisas que não são corretas, ainda que tenhamos a melhor das intenções. Vamos descobri-las!

Como pais, é preciso estar disponível

A nossa principal missão, como pais, é estar disponível para os nossos filhos de forma incondicional, com um amor que supera absolutamente tudo.

Coloque-se no lugar do seu filho, porque você em algum momento também foi filho e esteve ocupando o seu lugar. Como foi a sua infância? Você teve pais legais? Faltou alguma coisa para você? Não cometa os mesmos erros que provocaram em você algum tipo de carência ou de revolta. É hora de você saber qual o seu propósito como pai:

  • Os pais devem dar aos filhos permissão para viver: porque muitas crianças nascem em famílias cujos pais se enganam ou onde reina a violência. O seu filho deve saber que tem o direito de ter, de viver e de poder.
  • Os pais devem transmitir ideais aos seus filhos: é preciso inspirá-los para que quando cheguem à juventude saibam o que esperar, para onde ir, e quem são. Fomente isto com frases como “sei que você vai conseguir coisas grandes”, “espero coisas grandes da sua parte”.
  • Os pais devem transmitir vida a seus filhos: porque às vezes os pressionamos com um montão de atividades extracurriculares, mas eles precisam desfrutar, precisam viver!
  • Os pais devem proporcionar amor incondicional a seus filhos: um amor que não se pode comparar com qualquer outro, um amor que supera qualquer barreira física, qualquer barreira mental. Façam o que fizerem, o seu amor por eles não deveria mudar.

LEMBRE-SE:

"O que as crianças receberem é o que darão à sociedade." - Karl A. Menninger

Agora que você já sabe qual o seu propósito como pai, é hora de colocar em prática tudo o que você aprendeu, mas há uma coisa ainda mais importante que você precisa saber, algo em que falhamos constantemente…

Deixemos de potencializar o negativismo

É muito difícil perceber isso como pais, por isso vamos nos colocar na perspectiva de quando éramos crianças. Você se lembra da quantidade de punições que recebia?

Durante a nossa infância, sofremos castigos e recebemos broncas constantemente. Muitas vezes estas vinham em resposta aos nossos comportamentos infantis. Mas… não éramos, justamente, crianças? E então quando poderíamos nos comportar como tais? Quando fôssemos maiores?

Sempre, desde pequenos, nos transmitem a ideia de sermos mais velhos. Não nos deixaram desfrutar o momento de ser criança! Sempre é preciso se comportar direito, aprender a ser grande. Mas… será que esse é o melhor caminho?

Acreditamos que, com estas orientações, estamos fazendo um bem, quando na verdade é um mal. Em vez de motivar, desmotivamos, fazemos com que nossos filhos se sintam mal. Mal com eles mesmos e conosco por não saberem se comportar como deveriam.

Um filho é a maior responsabilidade que uma pessoa pode assumir.

São crianças, crianças! Estão aprendendo, e aliás, nós continuamos aprendendo, tendo 20, 30, 40 anos, etc. O que podemos esperar deles?

Dê a eles permissão para viver, para se comportar como crianças, dê-lhes permissão para se enganar porque você também se engana e comete erros. Mas, acima de tudo, deixe de focar tudo o que fizerem de errado e comece a ressaltar aquilo que fazem bem.

Por exemplo, em vez de apontar que não recolheram direito os seus materiais ou que pintaram a mesa, simplesmente oriente-os para que da próxima vez usem uma toalha de mesa ou qualquer coisa que sirva para proteger os móveis.

Eles não sabem o que poderia acontecer e, mesmo que você explique, provavelmente irão esquecer! Não foque o negativo, reoriente-os para um ensinamento positivo.

"A tarefa de um pai é motivar, encorajar para que seus filhos descubram o seu próprio caminho, porque quando o descobrirem não irão se afastar dele".

Que erros você cometeu com seus filhos? O mais importante e o que você precisa ter em mente é que sempre precisa estar aí para ele, além de fomentar o positivismo e deixar de reincidir no negativo. 

Nunca estaremos 100% preparados, mas agora você se sente pronto para ser um bom pai?

Por Rafael Rueda Muhlmann

domingo, 23 de outubro de 2016

Rafael Rueda Muhlmann: Filhos não são cópias dos pais

Apesar do convívio, de semelhanças e de coincidências, filhos são indivíduos com personalidade própria.

Rafael Rueda Muhlmann e seus filhos
Leopoldo Meyer Muhlmann, o mais novo, assim como meus outros dois filhos, possui personalidade própria, mas quando lhe parece oportuno imita alguns hábitos que observa em mim e em seus irmãos mais velhos - por Rafael Rueda Muhlmann (foto 2016)

Pesquisa mostra como o comportamento e a conduta dos pais interferem no estilo de vida dos adolescentes, mas é importante saber que filhos não são cópias dos pais.

Compreendo que o exemplo dos pais possa ser incorporado pelos filhos e que muitas atitudes dos filhos já na fase adulta possam ser reflexo da educação e dos exemplos que receberam dos seus pais, mas... 

... vale saber que nossos filhos são – e ao mesmo tempo não são – extensões de nós mesmos. Eles são, no sentido de que herdam nossas características físicas e psicológicas; e não o são, no sentido de que o todo não é igual à soma das partes, o que faz com que cada indivíduo seja uma combinação única que deve ser honrada e respeitada.

Infelizmente, esta distinção nem sempre está tão clara, e alguns pais veem seus filhos como um espelho no qual querem se ver refletidos de forma idêntica. O resultado? Frustração em ambos os lados.

Observe-o e escute-o

O ideal é começar desde o nascimento do bebê, devemos vê-lo como um ser único, com identidade própria, digno de ser aceito incondicionalmente. Usando isso como um marco, é muito importante observar quais são as suas inclinações naturais.

Ele gosta de desenhar? Exponha-o a experiências que estimulem este talento, como comprar livros e materiais de desenho, levá-lo a exposições de arte adequadas à sua idade, inscrevê-lo em aulas ou oficinas de desenho …

Também é importante dialogar com os seus filhos a fim de ajudá-los a descobrir quais são as melhores formas de canalizar seus talentos e interesses. Por fim, reconhecer e elogiar as suas habilidades e realizações é um estímulo valioso para fazer florescer e frutificar seus preciosos dons naturais.

Sonhos não realizados

Desde cedo temos de estar atentos para não projetar nossos próprios desejos não realizados nos filhos. Por exemplo, há pais que talvez tenham o sonho frustrado de ser artistas famosos, e querem realizá-lo através de seus filhos. Então eles os submetem a uma dura rotina de aulas de atuação, de música, de dança, audições e outros, que não correspondem aos interesses, habilidades nem vocação de seus filhos.

No entanto, não se pode mudar de forma permanente o curso da natureza, sem que essa cedo ou tarde se rebele. Esta rebeldia pode assumir muitas formas, desde transtornos de ansiedade, de conduta ou baixo rendimento escolar, até abuso de drogas, depressão e suicídio, nos casos mais graves.

E a verdade é que não há necessidade de tanto sofrimento… apenas deixe-o ser o que ele quiser ser, ainda que não seja o que você sonhou para você. Melhor, procure canalizar seus próprios sonhos; a história está cheia de pessoas que realizam seus sonhos e metas em qualquer idade.

As odiáveis comparações

“Ele tem o mesmo temperamento rabugento de seu avô” ou “É idêntico a mim, não tem habilidade para os números” são exemplos de expressões comuns, capazes de limitar as expectativas que as crianças têm de si próprias. E embora haja semelhanças dentro da família, vale a pena esforçar-se para destacar o que torna cada filho único e irrepetível. Desta forma estaremos estimulando o livre desenvolvimento de todo o seu potencial sem desnecessariamente constrangê-lo com modelos alheios.

Embora seja um tanto clichê, também é verdade que os filhos não nos pertencem, são apenas um privilégio que nos é concedido para guiá-los temporariamente, para que cumpram sua missão única neste mundo. Por isso, como uma pequena caixa de surpresas, deixemos que exercitem seus talentos únicos um a um, confiando neles e permitindo-lhes criar o seu próprio caminho…

FILHOS por Rafael Rueda Muhlmann.